sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Diluição

"Não...nada de amor inverso
Desses que nos tira o sono
Ou que ocupa por inteiro nossas mentes.
Nada de canções que  relembram momentos
Chega de saudades intensas, cartas ou poemas.

Chega de tantas questões e dilemas
De sentimentos tão carentes
Que se rastejam e clamam sem saber pela solidão.
Que reine agora um amor esquecido
Irônico, ácido e sem motivos.

E quando a claridade triunfal dos desejos
Revelar novamente o que nos foi  permitido
Que sejamos cruéis e não meros iludidos!
Que o amor não seja um erro
Palavra ou suicídio..."

Teorias

Encontramos muitas vezes na vertigem do silêncio a verdade dos nossos próprios atos. Semeadores de ilusões, atores no discurso e  nos mais evidentes sorrisos, tentamos ir além vomitando ideias que se sustentam em nossas frágeis aparências. E tão vulgar quanto os nossos vícios, as palavras que julgamos preciosas, nos aprisionam. Transportam para nossa consciência já desgastada diversas angústias, e o que parecia ser o bastante torna-se meramente pouco.
 Defendendo Castelos em ruínas, sem nenhuma proteção, como soldados cercados de armadilhas exigimos mais daquilo que nunca oferecemos.